terça-feira, 16 de março de 2010

Imagina-te

...num bote, no meio do mar depois de o barco onde tu seguias ter naufragado. Estás tu e mais dois companheiros. Passaram já 17 dias e o mais novo está prestes a morrer se não chegar ajuda o mais rapidamente possível (coisa improbabilíssima de acontecer). Então, o teu outro companheiro sugere que matem o mais fraco, visto que ele irá certamente morrer, para se alimentarem do seu sangue e garantirem assim a vossa sobrevivência. E matam-no mesmo.
Matarias o 3º elemento se essa fosse a única forma de sobreviveres?
P.S.: aconteceu de facto algo assim na Inglaterra, googlem se quiserem saber como acabou a história: The queen v. Dudley and Stephens
Vejas Bem!

5 comentários:

Geraldo Brito (Dado) disse...

É difícil de responder. Só na situação limite é possível de se ter uma atitude, drástica ou não...

Dartacão disse...

Acho que pe mesaria menos na consciencia se o comesse depois de ele morrer lol

Vejas bem. disse...

Eu não o mataria para sobreviver. Sim, é uma resposta difícil de dar e é certo que o ser humano em situações limite como esta pode ter atitudes do mais inesperado possível. Eu não conseguiria viver com os remorsos.

Nunca tinha pensado nisso assim, Dartacão, mas esperar que ele morra para o comer não é o mesmo que desejar que ele morra para o poder comer?

Dartacão disse...

Esperar que ele morra não é certamente o mesmo que o matar.

Ainda assim, mesmo que o desejo seja de que ele morra, a espera envolve também sacrificio.

Aqui haveriam duas mentalidades: a da pessoa que sugeriu matar para sobreviver (e essa certamente teria um desejo tão grande da morte do outro que provavelmente iria fazer para que isso acontecesse) e a "nossa" em que o desejo de esperar por ajuda se sobrepoe ao de esperar que morra e ainda mais ao instinto animal de sobrevivencia... afinal de contas, nós somos Dele :D

Vejas bem. disse...

Então a nossa mentalidade é tão má ou pior do que aquele que sugere matar o mais fraco, porque tu dizes: "e a "nossa" em que o desejo de esperar por ajuda se sobrepoe ao de esperar que morra e ainda mais ao instinto animal de sobrevivencia..."

Desejo de esperar que o outro morra, isso nem nos devia passar pela cabeça, ainda que esteja sobreposto ao que referiste primeiro. Esse desejo nem sequer devia existir, se não, compactuas com o outro que sugere o assassinato só que de forma passiva, penso eu.